Muito tem se falado sobre “globalismo” ou “globalistas” e muita gente ainda se pergunta sobre o que se trata.
Sem entrar em toda a profundidade histórica que envolve o tema, vou falar um pouco aqui sobre este tema.
Dá-se o nome de globalismo a um movimento construído ao longo de décadas (com sementes remontando a séculos) com objetivo de implantar um governo mundial, global, único.
Não confundir com globalização, que é um movimento de integração do comércio entre países, restrito e delimitado a regramentos comerciais. A globalização foi impulsionada por forças do capitalismo e regrada por organismos internacionais de comércio.
Globalismo não trata de nomear um rei do mundo ou um tirano global, mas de submeter povos e nações a regramentos estabelecidos por uma pequena elite de pessoas, reunidas em organizações internacionais que clamam para si a autoridade de saber quais são os caminhos corretos para o desenvolvimento da humanidade.
Estas organizações são complementares entre si e dividem as responsabilidades dos exercícios de poder político, poder econômico e poder cultural.
A ONU e suas organizações (OMS, UNICEF, etc), por exemplo, estabelece regras de comportamento de nações inteiras. Aquelas pertencentes à ONU em muitos casos devem adaptar suas leis para que contemplem os acordos assinados pelos países.
Sendo assim, a ONU é capaz de interferir nas legislações dos países sem ter sido eleita para isso e, portanto, exerce um poder político que, na democracia, é ilegítimo.
Já o Fórum Econômico Mundial, com suas famosas reuniões de notáveis em Davos, na Suíça, pretende-se um organizador das agendas globais, dirigindo as economias dos países através de mantos como agenda climática, ideologia de gênero, direitos humanos, e por aí vai.
A imposição destas agendas se traduz no direcionamento das economias de forma que os grandes lucros sejam direcionados a poucos grandes grupos industriais e uma pequena quirera sobra para os pequenos empresários, cujo sonho de enriquecimento se torna inatingível.
Já no âmbito cultural, todos os grandes meios de comunicação do mundo são de propriedade de poucas famílias que, assim, controlam a forma como as notícias são dadas, quais conteúdos de ficção são promovidos ou rejeitados por plataformas de streaming, controlam que comportamentos são permitidos ou não nas redes sociais.
O poder cultural impõe normas de comportamento de sociedades inteiras a partir do jornalismo, da literatura, dos filmes, das novelas ou séries. Convence os homens sobre o comportamento que devem ou não ter. As mulheres como ou não podem ou devem se comportar nas mais diversas áreas da vida.
O exercício do poder global pode ser visto a olho nu durante a pandemia, quando a OMS passa a governar o comportamento de povos e nações. Todos têm de usar máscaras. Depois todos tem de fazer lockdowns. Depois todos devem proibir o uso destes e aqueles medicamentos, todos têm de vacinar.
Ao globalismo, por fim, não lhe interessa as características, histórias e culturas dos povos. Pelo contrário, estas coisas atrapalham a imposição de normas de comportamento.
Você deve criar seus filhos como eles dizem. Deve se vestir e falar como lhe permitem. Pode consumir energia que eles dizem que é certa ou submeter-se a tratamentos médicos que eles dizem que você precisa. Talvez até melhor não sair por aí professando sua fé, pois pode “ferir o outro”.
Na medida em que você não se dá conta disso ou prefere delegar sua responsabilidade sobre as coisas de sua vida, você se torna escravo deles. Física, emocional e mentalmente. Este é o objetivo final do globalismo: te escravizar.
César Cremonesi
